A Polícia Civil prendeu, até o momento, dez pessoas acusadas de envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro referente a pagamentos de precatórios (ações de indenização) decretados pela Justiça Federal no Estado de Pernambuco. Os valores estimados em dois milhões de reais estavam sendo sacados de contas na agência do Banco do Brasil de Novo Repartimento, sudeste do Pará. Ao todo, 11 mandados de prisão e 14 ordens de busca e apreensão domiciliar foram expedidos pela Justiça do Pará. As ordens judiciais são cumpridas simultaneamente em Novo Repartimento, Marabá, Belém e São Luiz do Maranhão, por 56 policiais civis – 40 da Diretoria de Polícia Especializada (DPE) e 16 do Grupo de Pronto-Emprego (GPE) – com apoio do Ministério Público do Estado.
Entre os acusados estão o vice-prefeito de Novo Repartimento, Roberto Aparecido de Passos, preso em Belém; a gerente do BB de Novo Repartimento, Antônia Lemos Braga de Moraes, entre empresários e servidores municipais. Denominada de “Cash Break”, a operação foi deflagrada a partir de 6h desta quarta-feira. A maioria das prisões foi cumprida em Novo Repartimento por policiais coordenados pelos delegados Ivanildo Santos e Beatriz Silveira, da DRCO (Divisão de Repressão ao Crime Organizado), com apoio do GPE.
De acordo com o delegado João Bosco Rodrigues Júnior, diretor da DPE, as investigações tiveram início no final de fevereiro deste ano, após o Banco do Brasil detectar que quantias em dinheiro referentes ao pagamento dos precatórios estavam sendo sacadas em espécie na agência de Novo Repartimento. Durante a análise dos saques, o Banco do Brasil constatou 11 pessoas estavam sendo beneficiadas com os saques ilegais. Elas não tinham qualquer vinculação com as ações de indenização impetradas por servidores públicos no Estado de Pernambuco e que conquistaram direito, via judicial, de receber as quantias referentes a pagamento de indenizações. “Foi verifico que documentos usados para efetuar os saques em Novo Repartimento eram falsos e que os valores estavam depositados em contas bancárias de uma agência do BB em Recife”, apurou Júnior.
Após o fato ser comunicado à DRCO, as investigações foram iniciadas. Com as solicitaçõe de medidas cautelares de quebras de sigilos bancário e fiscal autorizadas pela Vara Judiciária de Crime Organizado, do TJ do Pará, com apoio do Ministério Público, a Polícia Civil chegou aos nomes das pessoas envolvidas no esquema. “O que mais chamou atenção do Banco do Brasil é que todos os saques foram feitos em espécie, a partir da apresentação de documentos falsos, mediante autorização da gerente”, informou. Além do vice-prefeito e da bancária, são acusados de participar do esquema Etelvina Carvalho da Silva; o casal Dogival Francisco da Silva e Glauciane Ferreira da Silva; Marta Íris Ribeiro de Souza; Marcleison Brandão de Oliveira, e Marivaldo de Moraes e Silva, marido da gerente. Eles foram presos em Novo Repartimento. Durante o cumprimento de busca e apreensão, em uma das casas, o filho do proprietário do imóvel foi flagrado com um revólver ilegal. Portanto, foi preso e autuado em flagrante por posse de arma de fogo ilegal em Novo Repartimento.
Foi preso em Marabá, Bethoven dos Santos. Em São Luiz do Maranhão, duas pessoas são acusadas de envolvimento no esquema. Até o momento, apenas Diogo Costa Carvalho, que reside em Marabá, foi localizado e preso na capital maranhense. Pelas investigações, a gerente é considerada peça-chave e principal articuladora do esquema de desvio de dinheiro. Dentro do inquérito, a Polícia Civil investiga ainda indícios de fraudes em licitações na Prefeitura de Novo Repartimento praticadas por parte das pessoas presas na operação. Eles irão responder por formação de quadrilha e crime contra o sistema financeiro. Em poder dos presos, foram apreendidos veículos de luxo, armas, jóias, farta documentação e computadores. Parte da quadrilha, junto com as apreensões, será transferida ainda nesta quarta-feira para Belém.
Assessoria da Policia Civil do Pará
quando será que a policia chega aqui em Tucuruí? não aguentamos mais ver o abusrdo que está sendo feito com o dinheiro publico.
ResponderExcluir